terça-feira, março 14, 2006

A nova eEuropa

Uma coisa é certa: Portugal ainda tem algum caminho a percorrer até conseguir atingir o nível tecnológico de outros países, como os EUA.

Mas o que acontece quando deixamos de olhar para nós apenas como país, e passamos a ver-nos como um estado-membro da União Europeia? É verdade... somos um continente cheio de história e com uma beleza incomparável... mas isto não chega num mundo tão competitivo como o de hoje. A União Europeia ainda não reagiu perante as necessidades desta nova economia baseada no conhecimento e altamente globalizada.

Comparando-nos com os EUA ou mesmo com alguns países asiáticos torna-se inevitável colocar esta questão:
Então e nós, a Europa?
Que lugar tem a economia Europeia nesta Revolução Tecnológica que ocorre um pouco por todo o lado? Nesta sociedade completamente nova e que portanto carece de novas abordagens por parte dos governantes?
Será que não temos capacidades e competências que nos permitam competir a nível internacional?

O que se verifica, é que a Europa continua nos dias de hoje a não apostar no investimento nas TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação, de modo a solucionar problemas tão importantes como o desemprego, e a não incrementar áreas tão determinantes como a da inovação. Continuamos a ter um papel passivo que não nos permite acompanhar a marcha de outras nações.
Temos o potencial, mas não temos quem o aproveite e o rentabilize. Não conseguimos transformar os nossos esforços em mais emprego e em crescimento económico sustentável.

É neste contexto que surge a necessidade de criação de uma nova estratégia que oriente as políticas europeias: o i2010 – Sociedade Europeia da Informação 2010. Este novo quadro estratégico pretende auxiliar a União a responder às necessidades desta nova sociedade da informação, delineando para tal três prioridades para as políticas europeias:
- A criação de um espaço europeu da Informação;
- Maior investimento na Inovação e Investigação na área das Tecnologias da Informação e Comunicação;
- Promoção da Inclusão social, prestação de melhores serviços públicos e uma maior qualidade de vida.

A Europa vê-se assim inserida num novo mundo que tem obrigação de acompanhar, correndo o risco de perder o "comboio do desenvolvimento". Um novo desafio surge aos nossos olhos: conciliar este upgrade tecnológico, mantendo o tradicional modelo social Europeu, que privilegia a comunidade e a vida em sociedade.
Impossível não será, portanto resta-nos a nós europeus e aos nosso governantes que iniciemos esforços no sentido da construção desta nova eEuropa, de modo a que, notícias como esta, que vem mais uma vez demonstar a dificuldade que a europa tem em competir com outras potências, nomeadamente no campo da educação, deixem de surgir.

1 comentário:

Carla Ganito disse...

A reflexão é interessante, embora fuja ao tema proposto que era centrado no papel específico de Portugal. Há também que sustentar mais as suas opiniões com base em estatísticas, estudo, etc. Este é um espaço de opinião mas de opinião sustentada.