Apercebemo-nos assim, que a União Europeia começa a consciencializar-se acerca da necessidade de criar uma comunidade coesa de tipo não só político como também universitário, de modo a destacar-se no cenário internacional. A educação é um dos pilares de uma sociedade democrática e desenvolvida e esforços têm vindo a ser feitos no sentido de uniformizar e tornar mais competitivo o ensino europeu. Torna-se claro que o papel da universidade na criação de uma sociedade do conhecimento não deve ser menosprezado. É nela que surge e se desenvolve o novo conhecimento, ela é um sítio privilegiado de formação e pesquisa.
Neste contexto, o Processo de Bolonha foi a forma encontrada pela europa no sentido de tornar o seu sistema educativo num sistema uniforme, competitivo e convidativo, tentando torná-lo tão popular como o são já as suas atracções culturais e turísticas. Bolonha colocará em prática os objectivos de criação de uma “Europa do Conhecimento”.
Bolonha terá impacto na forma como o ensino europeu será visto no resto do mundo. A Europa terá todas as ferramentas para equiparar o nível do seu ensino ao dos restantes países do mundo. Será um sistema de ensino que promove a aprendizagem ao longo da vida ao mesmo tempo que requer do estudante um maior envolvimento na gestão do seu estabelecimento de ensino.
A promoção da mobilidade de estudantes dentro e fora da Comunidade Europeia é um dos grandes objectivos do Tratado de Bolonha. Este facto poderá ter um grande impacto no nível de empregabilidade dos diplomados no espaço europeu. Desta forma o sistema de ensino irá ajustar-se às exigências de trabalho e aos novos valores desta sociedade do conhecimento em que vivemos. Ele irá promover a mobilidade, uma maior interactividade entre professor e aluno e entre os conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso académico e a velocidade no processo de ensino (devido à redução do plano de estudos).